Ao pé do abajur, a morte do besouro é fato esquecido. Ninguém na repartição é capaz de lembrar há quanto tempo ele jaz próximo ao cinzeiro. Também não lembro há quantos dias o vejo figurativo, incorporado, agora, à natureza mineral do destino. Apenas lembro, cada vez que passo por ali, que um dia serei besouro e, de mim mesmo, nem eu darei conta.
Vale conferir o blog do professor, jornalista, escritor e letrista Carlos Henrique Costa.